quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Autobiografia de um pastor que lê poesia - Parte hmmm.

Pensei em começar todas as minhas dissertações com "No inicio" mas cheguei à conclusão de que, para além de estúpido, facilmente se esgotaria. Ía desta vez dissertar filosoficamente sobre a origem da linguagem, e de seguida sobre a torre de babel, mas o que eu quero mesmo dizer é que fomos dotados de várias formas de comunicação, e, a ausência dela, é ainda e também, uma forma de comunicar. Contudo uma das menos viáveis, eficazes, e arrisco-me a dizer que nalguns casos, inteligentes.
Assim sendo e como há pessoas que interpretam mal determinados comportamentos e preferem virar costas em vez de nos chamar a atenção para o inadequado de um arroto, acabam por não nos darem hipótese de explicar que o vinho tinha gasosa. Ausentam-se ofendidas, desaparecem, e chegam algumas até a não-assim-tão-subtilmente evitar-nos.
Gostava de dizer a algumas dessas gentes que lá porque lhes dei uso ao forno e lhes ofereci sobremesa, isso não quer dizer que lhes quisesse papar a dita, nem fazia intenção que me lambessem a colher.
O desengate por insistência na ausência de comunicação ou de qualquer contacto, pode ser de certo modo eficaz, mas é bem mais simples quando as coisas são ditas com frontalidade, e optando por uma via de comunicação, seja ela qual for, dessa forma, poupamo-nos a telenovelas que um desses canais mexicanos radicados na TVi em horário pré-matinal compraria na certa.
Deus nosso senhor interpelou-nos a meio da construção da torre, mas ofereceu-nos quanto mais não fosse o código binário.

Josué Silvério

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