terça-feira, 12 de agosto de 2014

Não sei do isqueiro e perco a cabeça, as voltas incessantes pela sala só rivalizam em quantidade com o fumo que escapa por entre a portada entreaberta. Sente-se cá dentro como se fosse um vómito, como uma vontade enorme de bolsar a espuma acumulada de tanta cerveja bebida em descontrole, e numa aparente normalidade, numa vã esperança de que com o vómito saia também cá para fora a divina intenção dos Homens.
 
Ainda estão marcas de tinto na mesa por limpar, já escondi o resto das provas. Batons, o isqueiro que ainda procuro e roupa lavada na cama. Ficam sempre nódoas profundas quando há um encontro entre vilões.



Sem comentários: